HOLOCAUSTO E AS GESTANTES

GESTANTES DE AUSCHWITZ: A CRUEL SAGA DAS MÃES E DOS BEBÊS NOS CAMPOS DA MORTE

Consideradas como ameaça ao extermínio, nazistas realizaram o “controle da natalidade de judeus”. Inúmeras grávidas foram torturadas até a morte

“Era ali que prisioneiras e prisioneiros se encontravam para ter relações sexuais furtivas e sem alegria, nas quais o corpo era utilizado como uma mercadoria com a qual pagar os produtos de que tanto se necessitava e que os homens eram capazes de roubar dos armazéns”, relata Gisella Perl.

Em Auschwitz, as grávidas foram enganadas. Quando eram enfileiradas, as judias recebiam a informação de que as gestantes seriam encaminhadas para um local onde receberiam ração dobrada, pela condição, e que, portanto, deveriam dar um passo a frente para a seleção. A farsa só foi descoberta quando Perl, em 1944, cumpria uma tarefa a ela estabelecida perto dos crematórios e presenciou o que realmente acontecia.

Elas “eram espancadas com porretes e chicotes, destroçadas por cães, arrastadas pelos cabelos e golpeadas na barriga com as pesadas botas alemãs. Então, quando caíam, eram jogadas no crematório. Vivas”.

“O maior crime que se podia cometer em Auschwitz era estar grávida”, contou a ginecologista ao The New York Times em 1982. “Decidi que nunca mais haveria uma mulher grávida em Auschwitz”.

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