Neurociência
A transformação citada por Azzariti passa pela neurociência. Ao falar sobre o cérebro, ela quer impedir comportamentos impulsivos e os erros que eles trazem.
A fonoaudióloga usa dois conceitos: a fisiologia da primeira impressão e a primazia do negativo.
O primeiro trata dos perfis de pessoas e situações que construímos em nossas mentes e podem representar um perigo, por exemplo. Quando identificamos algum deles, reagimos. Azzariti explica que, por trabalharem em ambientes instáveis, os PMs têm essas reações mais afloradas.
“Todos temos algum tipo de preconceito inconsciente, mas eles têm isso muito forte porque suas vidas estão em risco. É o que faz policiais atirarem em pessoas que estão segurando uma furadeira. Às vezes tomam atitudes automáticas, de autoproteção.”
Como aplicativo ajudará a evitar ataques terroristas na Rio 2016
O segundo termo diz respeito aos pensamentos negativos que imperam nos soldados. Eles sempe esperam o pior, porque foram treinados assim.
“É uma espécie de blindagem. É o melhor? É correto? Não. Mas é fisiológico. Tento conscientizá-los para que racionalizem mais.”
Uma das situações que Azzariti trabalha é a relação com os líderes comunitários, muitas vezes conflituosa. Ao dar um recado ao representante da comunidade, o policial pode ouvir um “vocês não mandam na gente”.
Em vez de gritar, ele é orientado a observar a ação sem julgar ou criticar, reconhecer os sentimentos que estão ali, identificar o que é preciso para resolver o problema e saber o que pedir e como pedir. Essa é a metodologia da Comunicação Não Violenta.
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-36830999